quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Queda - Capítulo 2.

Quando uma das companheiras resolve que quer ter uma vida normal na Terra, as outras não sabem como farão para voltarem sozinhas para Zefir. Numa tentativa desesperada, Anne e Lucy vão correr o risco de morrer para reencontrar aqueles que lhes são queridos.  

Capítulo 2!

Uma ideia louca para uma fanfic nova e dramática de Rayearth. (Fic sendo revisada e reescrita)



Os cabelos dourados dançavam com o vento enquanto ela estava em queda livre. Claro que havia muito em jogo agora, mas ela não gritava de medo. O vento não podia lhe fazer mal. 

Não havia nenhum ser mágico, ninguém esperava por elas. Ninguém sequer tinha notícias delas há uma quantidade desconhecida de tempo. Obviamente tudo isso tinha sido um acidente. Definitivamente não era para estarem ali, em queda livre sobre uma floresta em Cephiro.

A chance de sobrevivência era mínima, ela sabia, mas tinha que tentar. Mesmo muito tempo depois de manipular o vento pela última vez, e de ter feito isso somente depois de ter seus poderes despertados por Clef, ela tinha que tentar.

Viu Lucy, não muito longe, em meio à sua queda. Ela não parecia muito apavorada. Na verdade, estava estranhamente apática. Como se esperasse um salvamento a qualquer instante, ou pior, como se não se importasse.

Anne moveu-se no ar usou o vento, primeiramente para diminuir a velocidade com a qual caíam. Era difícil e aumentar a resistência do ar não era muito agradável, ou mesmo controlável. Estavam quase no nível das árvores agora, fez um último esforço para parar a queda da amiga, mas só fez com que elas se distanciassem. 

Enquanto Lucy desaparecia entre a folhagem, Anne foi arremessada para cima pelo seu próprio golpe de ar descontrolado. Era o fim. Não conseguia mais controlar seu próprio elemento. 

Descrevendo uma parábola, ela sentiu o impacto muito antes do esperado. E a colisão não havia sido traumática. Na verdade, era muito macio.

Anne olhou ao redor e verificou que ainda estava no ar. Nos braços de um imenso monstro peludo, marrom, humanóide e voador. Atrás deles, mas ainda longe, surgia uma máquina voadora bastante típica do mundo mágico. Seu tripulante gritava, mas ainda não era possível distinguir suas palavras.

O monstro então voou na direção do rapaz. Anne o reconheceu, mas não conseguiu sentir o alívio do rosto familiar. Ascot chamou pela criatura até se encontrem.

-Muito bem Ellis, você foi ótima! - Ele disse para o monstro que colocou Anne gentilmente ao lado do mago e desapareceu.

- Ascot! - Anne segurou nos braços do amigo. Ela estava agitada e parecia muito pouco com a garotinha que ele tinha conhecido. As madeixas douradas agora eram longas, presas displicentemente em um rabo de cavalo baixo e frouxo. Os olhos verdes ainda eram os mesmos, mas não havia sinal do estranho adereço que usava no rosto antes. 

- Anne! É bom ver você depois de tanto tempo! Tenho...

- Não há tempo! - Ela interrompeu o rapaz. - Temos que achá-la, eu a deixei cair... Isso é tudo minha culpa... Temos que procurar por ela! - Anne parecia mais que preocupada agora, estava quase chorando e definitivamente estava tremendo.

Ascot foi contaminado pelo nervosismo dela. Sentimentos tão fortes eram extremamente perigosos ali. Ele tentou fazê-la parar de falar.

- Fique calma, Anne. Primeiro me diga, quem temos que achar. - Ele tentou falar o mais devagar e calmamente possível, o que deixou a moça ainda mais impaciente.

- Lucy! Temos que achá-la. Ela veio junto comigo, mas não consegui salvá-la, eu a deixei cair... Por favor... - Agora que a queda havia cessado, ela parecia sem fôlego, mas não podia entrar em pânico até que encontrasse a amiga.

Ascot entendeu o que afligia a garota. Se Lucy havia caído sem nenhuma proteção, provavelmente não estava mais viva. Isso era muito pior do que ele tinha imaginado quando recebera a mensagem de Clef, há poucos minutos.

Uma força rompeu a barreira entre os dois mundos, as Guerreiras Mágicas estão chegando. Você está mais próximo da ruptura que o resto de nós, encontre-as.

- Anne, me mostre a direção, vamos encontrá-las. - Ascot disse, insconscientemente usando o plural. Ele não conseguia conceber aquela equação sem sua terceira parte.

A garota apontou a direção de onde achava que a amiga tinha desaparecido. Ascot guiou o veículo, enquanto entrava em contato com as pessoas do castelo. A gema no suporte do veículo mostrou Clef e Priscila, pareciam preocupados.

- Estou com Anne, estamos seguindo para a Floresta das Orbes procurar por Lucy. - Ascot disse rapidamente. Anne olhava apenas em frente, em busca de qualquer sinal.

- Eu enviei Ferio e Lantis. Vou guiá-los para que encontrem vocês lá. - Clef disse rapidamente e desapareceu. Ouvir o nome do príncipe fez Anne se arrepiar. Apesar de tudo isso, estava em Cephiro. Estava finalmente em casa.



***

Então, segundo capítulo postado, não o melhor de todos, entendam: estou escrevendo isso aqui no próprio editor do blog. É pra ser o que vier na minha cabeça. Como eu coloquei no FF.net, não está terminada ainda, e a participação de todos é bem vinda.

Escrever sob o ponto de vista da Anne pra mim é complicado. Ela é uma personagem sublime demais. Nesse capítulo ela ficou até meio histérica. Mas podemos considerar que cinco anos podem mudar um pouco os personagens.

Obrigada por comentar, Ruh e Najla, voltem sempre!

Beijos a todos, espero ter mais em breve , inclusive o que aconteceu/acontece/acontecerá com a Marine.

3 comentários:

Suzanna R. Sousa disse...

Algumas partes estão melhor do que o capítulo anterior. Mas na parte da queda você falou tanto da forma com que Anne caia que eu comecei achar confuso como ela caiu. Só me pareceu redundante *não achei a palavra que eu queria aqui mas enfim*. E para terminar, estou curiosa com a parte da Umi/Marine *--*

Laís ♥ disse...

o/ tem ascot na historia eu ri! xD continue escrevendo sim ^^ estou curiosa pra saber o que aconteceu, pra saber se vao achar a Lucy! escreveeee!

Nana disse...

Confesso que fiquei confusa com a queda da Anne, mas gostei bastante do capítulo. xD
O que será de Marine? E Lucy? O: